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Mostrando postagens de julho, 2024

O SOFRER COM

Quando eu estudei Filosofia, além de livros que me ajudaram a percorrer o currículo, eu li bastante o INTRODUÇÃO AO PENSAR, de Alfredo Bosi. E pensar não é um ato em vão. Claro, dirão que isso é uma coisa que todos sabem. E bem provavelmente hoje todos sabem pensar. Se pensam bem, ou se pensam mal, virou uma questão bem pessoal. Para dar um exemplo: no caso de uma mulher que se desprende da casa dos pais, ela pensou. Mas se pensou bem ou mal, o desenvolvimento da história pessoal desta mulher é o que o dirá. Isso eu digo baseado em uma coisa que acredito, o ser humano hoje reconhece a ajuda divina quando se sente feliz. Então a mulher que deixou a casa dos pais para trás, no final só ela poderá dizer se pensou bem. Considero que quem me ler verá o óbvio do que digo.  E por falar nisso, qual ser humano que não quebrou a cabeça em busca de uma solução para algum problema a resolver. Eu mesmo, órfão de pai, fui reconhecido por minha mãe afinal como escriba. Então eu me disse: - Deus r...

VIVER E ESCREVER

 Ontem foi feriado religioso por aqui, e por boa parte do país Brasil. Eu senti saudades do meu blog. Que é onde eu costumo despejar meu português brasileiro. Não trago nada de novo comigo. Estou aqui no velho esquema de palavra puxa palavra. Escrevo porque gosto de escrever. E depois me sinto até melhor do que antes. Mas não estou dizendo que faço aqui terapia. Porque escrever para mim não é descarregar mágoas. Até pelo contrário, se fosse para descarregar mágoas eu seria um fracasso. Porque não sinto mágoas de ninguém. O sentimento puro, quero dizer, aquele sentimento purificado pelas orações a Deus me leva à máxima de Cristo: Amai o próximo como a si próprio. E deixei o segundo parágrafo desta postagem porque os padres católicos o desenvolvem melhor em seus escritos. Digo porque li alguns livros destes padres. E foi de um deles, o do Padre Fábio de Melo que retirei um dito: Somos frágeis. E emendo: somos frágeis mesmos. Mas já que toquei no assunto livros, eu vou ler agorinha me...

AQUI EU TENHO VIDA

 Fecho-me neste instante no meu quarto-estúdio. E venho aqui, que é onde eu tenho vida. E tenho vida lidando com as palavras. E lidar com palavras requer uma certa habilidade. Que desenvolvi com o tempo em que fui escrevendo meus rascunhos. E me digo feliz. Um leitor ou leitora de boas maneiras e bem intencionado, dirá: - Que bom, que você é feliz! E eu me contentarei. Mas hoje eu fiquei feliz por outra coisa. Me chegaram das editoras responsáveis, exemplares de livros contendo textos meus. Duas coleções de livros. Li os textos e me revi como se eu falasse. Agora, me deixo a imaginar se os leitores dos livros que recebi e que certamente os lerão ficarão satisfeitos também. Porque existe muitos tipos de leitores. Há o leitor que adora ler e guarda o volume recém obtido para melhor saborear depois. Há o leitor que se debruça sobre os escritos para estudá-lo. E muitos outros leitores. Por isso intitulei esta postagem de AQUI EU TENHO VIDA. Porque eu sempre sonhei em ter tempo e espaço...

O APOSENTADO QUE ESCREVE

Claro que sou eu mesmo. Já dizia o outro: - Você é o aposentado que escreve? E me lembrei de vários artistas que só começaram a fazer e a mostrar depois de aposentados. Havia até um que era pensionista. Estavam todos cobertos pela lei do país que dizia deles: "Aposentados e pensionistas." De modo que nem tinham a intenção de subverter nada. Eram pessoas contentes consigo mesmas e que faziam o seu trabalho no máximo sossego. Assim tinham todo cuidado e atenção para perseguir suas ideias, os frutos de sua imaginação. E até parar um pouco tanto para descansar quanto para repensar tudo antes de terminar. Claro, o fazer artístico exige muito mais cuidado do que seguir uma rotina.  E no fim poderem ouvir: - Esse sujeito é admirável. Admirar é um fazer filosófico. Tanto isso pode ser adquirido pela experiência. Quanto o conceito admirar pode ser aprendido numa escola de Filosofia. E assim eu existo, porque escrevo. E sou aposentado. Tenho dito.  

AS LETRAS E O DESENHO

 O que o mundo das letras me oferece e me fornece é alegria. E satisfação. Hoje recebi a notícia de que um texto meu está numa antologia a ser lançada em São Paulo. Na Bienal do Livro, a 27a. Bienal do livro. Estou rindo à toa. E por isso digo: - Vale à pena escrever. E escrevo contos, poemas e crônicas. Pelo jeito estou agradando. E é bom saber que olhos alheios processam meus escritos em suas mentes. Como na minha juventude me disseram que esta mania minha de escrever acabou por influenciar meus amigos que foram-se todos em direção ao livro, digo que este foi o maior estímulo que recebi. Esperar que um deles leia e escreva, eu não gosto nem de pensar nisso. Porque é lendo outros autores que muita gente que conheci saiu pelo mundo a competir. E, não sei, porque não sou dono da verdade, mas competir às vezes mata no homem seus objetivos mais puros. E sem mudar de assunto, mas desviando bastante os dizeres, me lembro de que um desenho feito para o jornal Pasquim me disse mais que mi...

NÃO SE DEVE MORRER ÁTOA

Quando eu era menino eu disse: - Vou ser escritor. Mas nunca deixei de lado minhas responsabilidades. Sempre andei dentro da lei, e hoje aqui estou. Escrevendo, depois de ter tido seis empregos, onde desempenhei funções de trabalho dentro do meu alcance. Mas mesmo assim, convivendo no trabalho, ganhei alguma experiência humana. Claro, os colegas foram vários, cada um com sua formação tanto como pessoa, tanto como formação escolar. Eu soube diferenciar as coisas. E sobrevivi. Já contei aqui que eu, minha mãe e meus irmãos construímos a casa onde eu moro hoje. E aqui nesta casa eu convivo com uma empregada inteligente. E digo isto não para mostrar que sou humilde. Nada disso. É que com ela aprendo todo dia alguma coisa nova. E não é verdade que quem nos ensina é inteligente? E vou acrescentar uma coisa: ela é testemunha de Jeová. Fervorosa. E eu católico. O que ela tem de fé em Deus reforça a minha fé. E todos os dias eu escrevo. E todos os dias eu escrevo. E quem escreve é escritor/escr...

O IDOSO, INCLUSIVE EU

Tenho recebido notícias de idosos. Para terem uma ideia, a última que me chegou foi a de um aniversário de 100 anos de um escritor. Ele, muito fiel a Deus, escreveu um livro sobre sua fé. Achei a notícia maravilhosa. E fui ver televisão. Na televisão vi pessoas empenhadas numa campanha contra violência contra idosos. E isso quer dizer que há pessoas preocupadas, neste país, conosco, os idosos. E aí é que eu escrevo os idosos, inclusive eu. O Padre Fábio disse há tempos que somos frágeis, e somos mesmo. E na nossa fragilidade nos tornamos idosos. Aqui, eu paro, e penso nos que praticam violência contra idosos. Coisa que eu não consigo entender. Mas entendo que estes violentos também se tornarão idosos um dia.. E aqui eu mudo de assunto, para não falar mais em violência. Minha mãe faleceu há cinco anos atrás com 91 anos de idade. Antes de partir ela me disse: - Meu filho, foi você responsável, um bom filho e um bom irmão. E eu gostei de ouvir isto. Claro, quem não gostaria. Aqui estou eu...

CONVIVENDO VIVEMOS

Aonde iremos? Eu pergunto, e eu mesmo não tenho uma resposta. Agora que cheguei até aqui na questão, eu me pergunto: - Por que me pergunto aonde iremos? As pessoas estão inquietas. E por que? Estas pessoas de que falo têm filhas. E eu vou contar um pouco da minha estória. Vivia eu sossegado na minha solteirice. Então conheci uma moça. E foi com ela que me casei. Mas antes do meu casamento eu e ela fizemos uma criança.  Sempre defendi que toda família tem sua tradição. Eu fui criado por uma viúva que era minha mãe. Que também criou outros seis filhos. Mas eu nunca reneguei minha mãe, nem meus irmãos. Ela, a moça com quem me casei, ficava observando os meus familiares. Mas procurando se identificar neles. Coisa que nunca conseguiu. Claro, eu e os meus éramos pobres. Quer dizer de classe media. Trabalhávamos todos, eu, minha mãe e meus irmãos para melhorar de vida. A moça também queria melhorar de vida. Vendo que eu lutava com minhas dificuldades para sobreviver, me disse que se ia em...

ESCREVENDO: FOI DIFíCIL

 Esta semana que passou eu fiz bastante coisas. Li algumas publicações que traziam textos meus. Me alegrei com isso, porque meus textos receberam um tratamento muito bom. E, melhor, eles ganharam publicidade, indo até leitores. É muito bom ser lido por olhos alheios. Coisa que sempre ambicionei. E que acredito ambiciona todo escritor. Não escrevi nenhuma novela sobre ser escritor. Nem escreveria algo assim, porque eu nunca vivi novela alguma para ser escritor. A escrita me foi surgindo de maneira fácil, talvez efeito de muita leitura minha. O que me foi difícil foi ter este tempo todo que hoje tenho à minha disposição. Esperei aposentar, pedindo a Deus que estivesse vivo e com saúde, para poder escrever. E aqui estou. Tomando esta liberdade toda para dizer o que digo. É como dizia o cantor popular, hoje Acadêmico da ABL, Gilberto Gil: brilhar e acontecer. Tire o leitor desta postagem a conclusão que quiser, mas aqui estou escrevendo. E meu lema é: o pouco que satisfaz. A não ser qu...

DESEJO DE UM DIÁRIO

Eu acordo cedo, faço minha higiene pessoal e abro a janela do meu quarto. Liguei a televisão, rezei meu terço e rezei minha missa. Fiz minha colaboração diária no zap da ALAZO. Dizia eu lá que amo escrever e que sempre dedico meus escritos aos leitores. Espero sempre ser feliz no que escrevo. Se inovo ou não na escrita deixo a critério de quem tem competência para julgar. Mas, eu amo escrever. E dizia outro dia minha irmã caçula: - Quem ama o que faz, tem sucesso garantido no que faz. Se tenho sucesso ou não eu não sei. Minha meta aqui não é e nunca foi ganhar dinheiro com o que escrevo. Aquele velho termômetro que era o sucesso da crítica, aqui onde moro é difícil de alcançar. Moro numa pequena cidade do interior e não conheço nenhum Mário de Andrade. que me provoque a mudar para um grande centro. Mas, vamos adiante. Sou um homem feliz aqui, e escrevo porque gosto. Quando publico, aí sim, é diferente. Mesmo assim, até agora tenho doado o que escrevo e publico. E me satisfaço. Como eu ...

EU E MINHA MÃE

Minha mãe esperava que eu fosse um burocrata realizado, cheio de dinheiro. Sai apenas um pequeno burocrata. Mas, não porque eu tenha querido. No jogo da vida de enfrentar empecilhos. Claro, a vida se tornou competitiva. Não vou aqui me justificar, porque eu fiz a minha parte no mundo do trabalho. E minha intenção aqui e agora não é me vingar de nada e de ninguém. Estou só contando. Mas entre o que uma mãe espera de seu filho e o que filho pode fazer há um mundo de diferenças. Claro, as mães sempre acham, pelo coração, que seus filhos são os melhores. Imagine-se então a mãe do verdadeiro vencedor. Entenderam? Aqui estou eu, me lembrando de minha mãe. Ela própria foi uma mãe guerreira, que trabalhou a vida inteira pensando em nós os filhos. Que éramos sete. E onde estiver minha mãe, que Deus a abençoe e a proteja. E daqui da Terra eu peço as benções maternas. 

DEUS RECOMPENSA

Minha mãe me dizia: - Sofreu à toa. E eu pensava na vida e nas suas trapaças. E acabo aqui me rindo de mim mesmo. Porque a felicidade existe mas é em nós mesmos e no que nos tornamos ao final das contas. E eis-me aqui festejando 18 anos de atividade literária, sendo que o que mais desejei na minha vida foi escrever. Quanto à fala de minha mãe, conheci  muitas pessoas e a maioria delas me disse: - A gente não deve é ficar remoendo os sofrimentos. E dei razão à essa maioria de pessoas. E levo a vida a ler e a escrever sem pensar nada no passado. Porque afinal de contas o passado só existe se nossas palavras que são o que constituem nossos pensamentos se lembram de nós na cruz. E eu não estive nunca numa cruz. Imagino Jesus Cristo na cruz, bem fazemos nós de tê-lo como nosso Rei. E toda vez que rezo me ajoelho e não digo que sou um sofredor. Os que dizem que somos sofredores nos querem é no buraco. E eis-me aqui intitulando esta postagem de Deus Recompensa. Este título não é mais do q...

EU AMO LIVROS

Eu nunca fui rico, a não ser de bênçãos de Deus. Trabalhei muito até chegar aqui. E nasci pobre, hoje sou classe média, pois não. E foi trabalhando que segui comprando livros. E estava ali num canto do meu quarto, onde tenho cadeira e mesa de trabalho, que lia Machado de Assis, o bom e velho Machado. Quando me ocorreu o título desta postagem, Eu Amo Livros. E nada mais verdadeiro. E à medida que comprava livros, eu ia lendo-os. Alguma familiaridade com a minha língua portuguesa brasileira ganhei. E portanto escrevo. E gosto de escrever. Não sei para quem escrevo esta postagem. E escrevo-a sem  maiores pretensões. Apenas deixo correr as palavras. E esta passagem não é preparação para nenhum rascunho de alguma coisa que eu saiba de antemão o que seja. E vou me inspirando em palavras que escrevo e depois escrevo a próxima. Palavra puxa palavra. Mas na verdade eu deveria citar era títulos de livros. Claro, porque o título diz "Eu amo livros". E eu amo livros de verdade. Tenho nas...

O MEU MUNDINHO

 Conversando com minha mãe, quando ela era ainda viva, ela me disse: - O seu maior tesouro é seu mundinho. E eu fazia do meu mundinho a minha literatura. Se é boa literatura ou não, não sei. Mas já que foi minha mãe quem chamou de tesouro este meu mundinho, o meu mundinho imaginário é muito rico mesmo. Faço dele o meu viver. E tanto que estou aqui agora registrando as coisas que o povoam. Ter um mundo imaginário é muito bom para quem tem onde escrever. E tanto que escrevo com minhas pretensões litero-poéticas. E por falar em poesia, há muitos dias que não escrevo um poema. É que não tenho tido inspiração para poema. Escrevendo aqui agora me ocorre que a minha escrita não é do tipo que tem a escrita de muitos escritores. Escritores que contam casos, que dão notícias, em suma que são mais objetivos do que eu. Agora eu vou falar do meu mundinho. Nele não é só a minha imaginação que habita. Nele cabe também a minha biblioteca. Quando não estou escrevendo estou lendo algum livro. E é al...