O SOFRER COM
Quando eu estudei Filosofia, além de livros que me ajudaram a percorrer o currículo, eu li bastante o INTRODUÇÃO AO PENSAR, de Alfredo Bosi. E pensar não é um ato em vão. Claro, dirão que isso é uma coisa que todos sabem. E bem provavelmente hoje todos sabem pensar. Se pensam bem, ou se pensam mal, virou uma questão bem pessoal. Para dar um exemplo: no caso de uma mulher que se desprende da casa dos pais, ela pensou. Mas se pensou bem ou mal, o desenvolvimento da história pessoal desta mulher é o que o dirá. Isso eu digo baseado em uma coisa que acredito, o ser humano hoje reconhece a ajuda divina quando se sente feliz. Então a mulher que deixou a casa dos pais para trás, no final só ela poderá dizer se pensou bem. Considero que quem me ler verá o óbvio do que digo.
E por falar nisso, qual ser humano que não quebrou a cabeça em busca de uma solução para algum problema a resolver. Eu mesmo, órfão de pai, fui reconhecido por minha mãe afinal como escriba. Então eu me disse:
- Deus recompensa.
E minha mãe me deixou uma pensão, como eu já disse aqui. E com esta pensão eu publico nesta época difícil para publicar literatura.
Mas não seria um escritor se não tivesse aprendido a sofrer com. Aí é que está o xis da minha questão. Um aprendizado não difícil, mas tive que sofrer. E não foi em vão. Nasci com a saúde frágil. Hoje sobrevivo com a ajuda de medicamentos, o que não me envergonha. O que gasto para exibir meus textos é pouco, graças a Deus. E não chamo o nome de Deus em vão. E o sofrer com, me fez divisar nas minhas andanças muita dor maior que a minha. E vi aí o sofrer com. Em mim surgiu como solidariedade. Escrevendo me ponho no lugar dos que passam por algum momento difícil. E tenho dito.
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