VIDA
Eu comecei a escrever em Belo Horizonte. Estudava Filosofia, curso que abandonei em seu final,quando saiu no jornal o Edital da I Bienal do Livro. O prêmio eu recebi das mãos da organizadora, mas para comprovar que fui premiado eu tinha que ter em mãos o diploma da premiação. Dormi no pondo e quando procurei tê-lo a Câmara do Livro já não tinha o registro do prêmio. Sendo assim, fiquei sem o diploma. Cito o nome do Concurso só de teimoso. Me lembro, no entanto, que estive com o diploma comigo. E digo, perdi-o numa chuva que nos agrediu a ponto de derrubar uma parede de um dos nossos quartos. Na recuperação da casa, não encontramos mais o diploma e muitas outras coisas preciosas para nós. Para nós, quer dizer para minha família. Mas eu não desanimei, tenho nas paredes do meu quarto outros diplomas e medalhas. Coisas que me envaidecem e de que me orgulho.
E continuo a escrever. Escrever foi a finalidade de minha vida. Mesmo quando eu trabalhava para o meu sustento. Pois trabalhava sonhando que um dia escreveria. E sou hoje um Escritor do Interior. Graças a Deus.
Já, viver de escrever nunca esteve em planos de minha vida. Por isso passei minha vida em escritórios, trabalhando como um peão de escritório. E pude adquirir os bens materiais necessários para o meu atual fazer no mundo. Já os mencionei, são meu computador pessoal, minhas roupas, minha cozinha, meus livros e minha escrivaninha. E durante a vida, procurei aprender sempre mais. E hoje vejo jovens escrevendo e me ensinando coisas novas para o meu espírito.
E que Deus me abençoe, eu peço.
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