SOLIDARIEDADE

Muitas vezes me sento diante do computador e penso que seria bom se eu já soubesse o assunto sobre o qual eu vou escrever. Por outras vezes escrevo dando voltas em torno de mim, procurando um assunto. Então, hoje resolvi falar um pouco sobre como eu funciono.

Posso começar dizendo que na maioria das vezes eu sinto minha mente no vazio. E como escrever é lidar com as palavras, começo dizendo uma e outra coisa. Se isto me alegra, eu vou em diante, sempre obedecendo a regra de que palavras puxam palavras. Eu li isto como um título de um livro que enumerava os nomes de escritores, e não me esqueci: Palavra puxa palavra. E, para dizer a verdade, quando li este livro eu já tinha chegado ao ponto de achar que pouca coisa no mundo das letras era novidade para mim. Eu estava enganado. Porque às vezes um autor que tivemos lido no passado, quando o relemos ele parece totalmente novo para nós. Sem que nenhuma palavra de seu texto tenha sido alterada.

Portanto, devo dizer ainda, que eu não sou um leitor que fica revirando as estantes atrás de novidades. Leio conforme a necessidade de meu espírito. E seguindo este caminho é que às vezes me deparo com algo que acho novo. Mas não faço alarde do novo eu por acaso encontro. Espero até a ideia de que aquilo é novo amadurecer. Claro, para não cometer engano nem injustiça. Não que eu seja um leitor influente em alguma coisa. De jeito algum, mas às vezes topamos com alguém que o seja, e damos então a má-sorte de ver esse alguém usar nossa informação de que um texto é novo, e pode ser verdade que o texto é novo só para nós.

Mas, pensando nisso, vemos uma plausível situação. Chegamos e dizemos a respeito de um velho autor que o achamos novo por isso e aquilo, e aí o livro daquele autor ou os livros passam a ser lidos, e até muito lidos. E como é costume nosso dizer: o autor estoura no mercado do livro.

Teremos feito assim um benefício ao mundo das letras. Que é o de dar tempo aos jovens de preparar seus textos, os que pretendem nos mostrar quando puderem. E, por outro lado, chamamos a atenção desses mesmos moços para um antigo problema literário. E quem sabe, daí surjam novidades, e não uma só. E assim aqui para finalizar esta postagem, eu posso falar de solidariedade um pouco bastante à vontade. Sejamos solidários na vida também. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A IDADE AVANÇADA

VIVER E ESCREVER

GOSTAR DE ESCREVER