MINHA MELHORA

Depois que vim para cá, posso dizer que encontrei qualidade de vida. Esta é uma pequena cidade do interior, e isso me basta para dizer que até melhorei de saúde. De dois em dois meses, me dirijo ao grande centro para fazer consulta médica. E quando volto, volto de bem com a vida. E que mais eu ia precisar?

Agora, me lembro do tempo em que vivia no grande centro, vivia e trabalhava lá. Sinto aqui a necessidade de falar que lá vivia o tumulto. É porque aqui encontrei a calma de viver. É como se tivesse recebido um grande abraço do viver.

E isso me faz feliz. E tenho tempo para escrever estas postagens. Alguém até me perguntou:

- Você se tornou escritor graças à solidão em que vive?

Eu não hesitei:

- Não vivo solitário. A empregada me faz companhia, e ela é um pessoa agradável.

E o caso é que eu ocupo meu tempo aqui em frente ao computador. Escrevendo. E encontro prazer nisso. Este ano meu contato com as editoras que publicam textos meus diminuiu. Tive que gastar com saúde. Um bom motivo.

E resolvi escrever esta postagem. O que eu queria dizer, no princípio, é que no grande centro eu vivia dias tumultuados, como já me referi ao tumulto. E nunca me senti bem no tumulto. Acredito que ninguém gosta de viver no tumulto. Na agitação, sem tempo para pensar nas pequenas coisas.

A cidadezinha do interior para mim funciona terapeuticamente como acrescento de boa saúde. Obrigado, leitor, por ter me emprestado sua atenção. Ao que pode parecer uma lamentação, mas que fiz como um relato. Mais indicado ao médico. Mas, agora aí foi. 

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