O APOSENTADO QUE SE DIVERTE

Veio o cabeleireiro e me cortou o cabelo. Rente como eu gosto. Conversei um pouco com ele, e ele se foi. E vim e me refugiei aqui, diante do computador. Onde escrevo. Exerço esta agradável atividade desde algum tempo. O caso é que assim ocupo meu tempo de aposentado. Não consegui ser um escritor profissional. Desses que são pagos para escrever. Mas acho até melhor. Escrevo pelo prazer de escrever. 
E, graças a Deus, não ganho um tostão por isso.

Para mim, que escrevo por prazer, alimento-me também da leitura. As leituras que faço, são como as que fazia há pouco. Leio muito, e assim estou sempre em contato com a língua. A minha língua, a nossa língua portuguesa brasileira. E amo esta língua.

Colocar esta língua por escrito aqui, para mim é a essência da vida de aposentado. Digo sempre aqui em casa que tenho uma atividade prazeiroza. E tenho mesmo. E acrescento:

- Sou um aposentado privilegiado.

Claro, para passar o meu tempo não preciso sair de casa.  E não preciso chatear ninguém. Porque uma amiga me disse:

- Chato é um homem àtoa dentro de casa.

Eu imaginei este homem e até eu o achei chato. Um homem sem atividade que o distraia e que não deixe as mulheres fazerem o que elas têm de fazer. Que chato deve ser ele.

Agora, é fácil ter uma visão da chatice desse homem importunando a mulher. Imagine-o no trabalho, ocupado, porque tem que entregar algum serviço ao chefe. E imagine-o àtoa. E até atrás da sua mulher, importunando-a e sem saber que a importuna.

Aposentado sou eu. E bem ocupado. Escrevi portanto esta postagem e não me sinto nem mais incômodo nem mais simpático. Faço a minha escrita me divertindo. 

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